Recentemente, pesquisas indicam uma queda significativa no apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Nordeste, região historicamente conhecida por seu forte respaldo ao líder petista. De acordo com levantamento do PoderData realizado entre 25 e 27 de janeiro de 2025, a desaprovação ao governo Lula atingiu 51%, enquanto a aprovação caiu para 42%, o pior índice desde o início de seu mandato atual.

Essa tendência é corroborada por outras pesquisas. O Ipec apontou que, entre dezembro de 2023 e março de 2024, a avaliação positiva de Lula no Nordeste caiu de 52% para 43%.

Além disso, a Paraná Pesquisas registrou uma queda nas avaliações “Ótimo/Bom” de 49,3% para 39% na região, enquanto as avaliações “Ruim/Péssimo” aumentaram de 23,6% para 30,5%.

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), reconheceu a necessidade de maior presença do governo federal no Nordeste. Em entrevista, ela afirmou que o apoio da região a Lula nas eleições de 2026 “não está garantido” e enfatizou a importância de intensificar a presença do presidente e de seus ministros nos estados nordestinos.

Entre os fatores que contribuem para essa queda de popularidade estão dificuldades econômicas, políticas e de comunicação enfrentadas pelo governo. Eleitores que votaram em Lula em 2022 começam a demonstrar frustração com os rumos da economia e a falta de respostas rápidas para problemas como o aumento do custo de vida.

É importante destacar que, embora haja uma diminuição no apoio, não é correto afirmar que Lula perdeu 100% dos apoios no Nordeste ou que está sendo amplamente odiado. As pesquisas indicam uma queda significativa na aprovação, mas ainda há uma parcela considerável da população nordestina que apoia o presidente.

Para reverter esse cenário, será crucial que o governo federal intensifique sua presença no Nordeste, implemente políticas públicas eficazes que atendam às necessidades da população local e melhore sua comunicação com os eleitores da região.